O yin e yang foram concebidos pela primeira vez através da observação dos pacientes das forças da natureza . Os Taoístas que desenvolveram o sistema da Medicina Tradicional Chinesa viam o universo como um campo unificado, em constante movimento e mutação enquanto mantinha sua unidade.
Este constante estado de mutação foi explicado através da teoria do yin e yang, que apareceu na forma escrita aproximadamente em 700 a.C. no I Ching (“Book of Changes”).
De acordo com a teoria, a natureza se expressa em um ciclo interminável de opostos polares como o dia e a noite, umidade e seca, calor e frio e atividade e descanso.
O fenômeno Yin é aquele que mostra as qualidades da escuridão, descanso, úmido, frio e estrutura. Seu caractere chinês representa o lado com sombras de uma montanha.
O fenômeno Yang possui as qualidades da energia como luz, atividade, seca, calor e função. Seu caractere chinês representa o lado ensolarado de uma montanha.
Tudo na natureza mostra várias combinações do yin e yang. Por exemplo, a neblina da manhã (yin) é dissipada pelo calor do sol (yang); o fogo na floresta (yang) é extinguido pela (yin) tempestade; a escuridão da noite (yin) é substituída pela luz do dia (yang). Qualquer fenômeno dentro da natureza pode ser entendido em relação ao outro, um sempre será yin ou yang em comparação ao outro.
Yin e Yang no corpo humano
Os Taoístas acreditam que tudo é parte da unidade do universo, eles não fazem distinção entre as forças externas da natureza e os processos internos do corpo humano, acreditando que “o macrocosmo existe dentro do microcosmo”. Em outras palavras, qualquer processo ou alteração que pode ser testemunhada na natureza também pode ser vista no corpo.
Por exemplo, uma pessoa que come comida fria (yin) em um dia frio (yin) pode apresentar muco em excesso (yin). Da mesma forma, uma pessoa que realiza uma atividade estenuante (yang) em um dia quente (yang) deve experimentar desidratação com febre (yang). Alguns dos diagnósticos tradicionais parecem relatórios sobre o clima, como “vento e frio com umidade” (uma condição yin) ou uma “deficiência da seca levando a um incêndio” (um padrão yang).
Estas descrições de diagnóstico ilustram o princípio que o corpo experimenta as mesmas flutuações de yin e yang como o ambiente.
Os órgãos internos também possuem seu próprio equilíbrio do yin e yang.
As funções Yin tendem a ser nutridas, refrescantes, criativas e relaxantes e relacionadas à estrutura ou substância dos órgãos. As qualidades do Yang tendem a ser energizantes, acolhedoras, consumidas e estimulantes e estão relacionadas à atividade funcional dos órgãos.
Por exemplo, os rins são considerados a fonte do yin (água) e yang [fogo, ou metabolismo para o corpo inteiro. Se o rim yin for deficiente ou com as funções diminuídas, uma pessoa pode experimentar episódios de calor e suores noturnos, como ocorre na menopausa quando os níveis de estrogênio (yin) diminuem. Isto ocorre por causa da umidade insuficiente (yin) para manter o fogo metabólico (yang), que mantém o corpo aquecido, sob controle.
Pense no funcionamento de um motor de carro com óleo insuficiente; o motor superaquecerá devido à deficiência do lubrificante parecido com o yin. Uma deficiência do rim yang produz estes sintomas como mãos e pés frios e uma falta de vitalidade geral.
Estes sintomas, que geralmente ocorrem com a idade, são causados pela insuficiência do fogo metabólico (yang) para infundir o corpo inteiro com energia e aquecimento, dispensando frio e fadiga (yin).
Yin e Yang na Medicina Tradicional Chinesa
A Medicina Tradicional Chinesa aplica esta teoria antiga do yin e yang na prática clínica. No caso de deficiência do rim yin, o princípio terapêutico é tonificar (fortificar) o yin e sedar o yang hiperativo.
Uma vez que todos os órgãos possuem aspectos yin e yang semelhantes, é possível monitorar e ajustar os níveis yin e yang de todas as partes do corpo, mantendo um alto nível de vitalidade e evitando doenças.
Isto é conseguido não só com ervas, mas com alterações na dieta e no estilo de vida. Desta maneira, as antigas observações dos Taoístas possuem aplicações práticas em nossas próprias buscas pelo bem-estar.
por Bill Schoenbart e Ellen Shefi – traduzido por HowStuffWorks Brasil
A OBESIDADE E A MEDICINA TRADICIONAL CHINESA
Dentro da visão da Medicina Chinesa, a obesidade é uma doença moderna, devido a “boa alimentação“, excesso de doces, excesso de gordura, falta de exercícios. A obesidade não é boa para saúde e encurta o tempo de vida. É a 2ª enfermidade do mundo e não consta nos livros antigos da China.
Uma das causas principais da obesidade ainda é a ingestão de muitas calorias. Estudos comprovam que as pessoas com excesso de peso tendem a ingerir 400/500 calorias a mais diariamente.
A gordura depositada no abdomen tende a ter maior atividade metabólica. As células do abdomen liberam facilmente essa gordura no sangue e no fígado, aumentando o risco de doenças como, hipertensão, colesterol, câncer e distúrbios cardíacos.
É bom lembrar que o emagrecimento é uma fase; e a fase seguinte é a de manter o peso conquistado.
O maior desafio para a perda de peso é o tratamento.
Todos que querem perder peso normalmente já procuram um tratamento com certa dose de ansiedade querendo emagrecer rápido e isto não é bom, pois quanto mais rápido a pessoa perde peso mais rápido ira recuperá-lo.
É preciso um preparo para a perda de peso. E Isto é lento e gradual.
Perdas rápidas podem ser perigosas a saúde, junto com o emagrecimento a pessoa deve iniciar uma manutenção que inclua exercícios e dieta equilibrada.
O paciente deve se conscientizar que emagrecer é, antes de tudo, um processo de autoconhecimento, alta dose de amor e desejo de emagrecer e conhecimento dos fatores que envolvem a obesidade.
A Sabedoria Chinesa traz em si muitas informações importantes no que diz respeito à interação homem-natureza. Estas informações começam pelo auto-conhecimento do próprio ser internamente, de modo que o indivíduo possa carregar na memória como se ajudar por toda vida, prolongando-a ao máximo possível
A interação pacífica “YIN/YANG” gera o equilíbrio, a uniformidade, a vida. A interação desequilibrada destes dois fatores gera a desordem, a deformidade, o caos e ausência de vida.
Os cinco elementos: água, terra, madeira, metal e fogo, guardam relação com o corpo humano. Então, cada um desses elementos, retirados da natureza, tem como representante um órgão interno no corpo humano, como mostra a relação abaixo.
madeira → fígado → raiva
fogo → coração → alegria / tristeza
terra → estômago → pensamento
metal → pulmão → preocupação
água → rim → medo
Como se pode ver, além da relação elemento/órgão, há na tabela uma terceira coluna com sentimentos também participando desta interação.
Assim, pode-se estar prejudicando o fígado ao se manter sentimento de raiva em relação à alguém ou à um fato. Do mesmo modo, ouviu-se falar em alguém que tenha falecido por ataque cardíaco após uma grande alegria ou tristeza.
Nós não vivemos isolados, a natureza pode nos trazer benefícios, mas também prejuízos, senão estivermos preparados para enfrentar seus elementos em que nossos sentimentos podem interferir muito em nosso corpo.
É interessnte conhecer um pouco mais sobre nós mesmos, sabendo se somos Yin ou Yang. Se precisamos de mais ou menos calor em nosso corpo, e assim por diante.
A DIETA MAIS APROPRIADA PARA O INDIVÍDUO YANG.
O indivíduo Yang se compara a uma madeira úmida queimando lentamente, isto é, não passa de uma pessoa quente e úmida internamente. Este calor, aliado a umidade fazem com que suas energias fiquem estagnadas, sem circulação adequada, dando a sensação de calor estufante e prejudicando o metabolismo.
A DIETA MAIS APROPRIADA PARA O INDIVÍDUO YIN
O indivíduo Yin precisa de uma dieta que o aqueça, formada por alimentos aquecidos e temperados com ervas e condimentos de sabores fortes. São importantes de usar nessas circunstâncias produtos como alho, cebola, salsa, cebolinha, cheiro-verde, coentro, pimentão, gengibre, cravo e canela.
colaboração
http://saude.hsw.uol.com.br/historia-medicina-chinesa.htm
http://zhenjiu.com.br/?cat=3