PROBIÓTICOS
“Organismos vivos que, quando ingeridos em ingeridos em concentrações adequadas, afetam beneficamente a saúde” concentrações adequadas, ( (Reid et al., 2003)
ALIMENTOS PROBIÓTICOS:
“Produtos alimentícios com microrganismos vivos que beneficiam o hospedeiro pela melhora de balanço microbiológico intestinal” (Anvisa, 1999)
PROBIÓTICOS:
“Extrato concentrado de microrganismos (cápsulas), que em concentrações adequadas, afetam beneficamente a saúde” (Anvisa, 2002)
Os LACTOBACILOS OU PROBIÓTICOS são encontrados em formulações vendidas comercialmente, como nos sucos de frutas, suplementos em pó e em preparações lácteas. A indústria de laticínios utiliza com muita freqüência os lactobacilos e as bifidobactérias nos seus produtos, entre eles iogurtes, leites fermentados e queijos.
Os probióticos já são utilizados há muito tempo na alimentação. Em 1907, a Teoria de Metchnikoff (Teoria da Longevidade) mostrou a importância dos lactobacilos para a saúde do homem. Por isso, encontramos atualmente produtos contendo probióticos em todo o mercado mundial. O Japão é o país que apresenta a maior variedade destas formulações, embora no Brasil iogurtes e leites fermentados com culturas probióticas sejam facilmente encontrados.
Para apresentarem benefícios ao consumidor, os probióticos devem alcançar populações de bactérias acima de 106 a 107 ufc (unidades formadoras de colônias) /g ou ml viáveis no momento do consumo do produto.
EFEITOS BENÉFICOS
- Aumento da digestibilidade da lactose (β-galactosidase)
- Influência positiva na flora intestinal – Inibe crescimento de patogênicos e putrefativos – Protege contra infecções intestinais
- Produz vitaminas do complexo B, ácido fólico
- Restaura flora intestinal normal após uso de antibióticos – balanceamento da flora especialmente em crianças e idosos (tratamento e prevenção de diarréia aguda causada por rotavírus e tratamento e prevenção de diarréia aguda causada por rotavírus.
- Reduz pH intestinal – liberação de ác. graxos de cadeia curta
- Melhora do funcionamento intestinal – Elimina constipação leve
- Reduz amônia e outros compostos tóxicos
- Estimula resposta do sistema imunológico – Imunomoduladoras- ação contra células malígnas ( liberação de linfócitos NK, aumento de IgA secretora, liberação local de interferon , estímulo atividade fagocitária)
- Aumento da tolerância e digestão da lactose
EFEITOS PROFILÁTICOS
- Redução dos níveis de colesterol
- Modulação da absorção de amônia
- Síntese de vitaminas do complexo B
- Absorção de cálcio
Os mais utilizados em manipulação são: :
ADIDOPHILUS, BULGARICUS, BIFIDUM, RHAMNOSUS, CASEI, FAESCIUM, FOS
O Lactobacillus acidophilus é o probiótico (pró-vida) mais comumente usado, também chamado de bactéria “amigável”. Nós nascemos sem ele, e o acidophilus logo se estabelece no intestino e vagina e protege contra a entrada e proliferação de organismos ruins que podem causar doença, produz a enzima lactase, que quebra o açúcar do leite (lactose) em açúcares simples. As pessoas que são intolerantes a lactose não produzem esta enzima. Assim, suplementos de L. acidophilus podem ser benéficos para estes indivíduos e ainda:
- Substitui as bactérias intestinais “amigáveis” destruídas por antibióticos.
Auxilia na melhora das doenças causadas por bactérias.
Previne e trata diarréia, incluindo diarréia infecciosa, particularmente do rotavirus (um vírus que comumente causa diarréia em crianças). - Impede o crescimento de organismos “ruins” no trato gatrointestinal (uma condição que tende a causar diarréia e pode ocorrer pelo uso de antibióticos).
- Impede e/ou reduz infecções vaginais, infecções do trato urinário e cistites (inflamação da bexiga).
- Melhora a digestão (absorção) da lactose em pessoas que tem intolerância a mesma;
- Aumenta a resposta imune
- Ajuda no tratamento de infecções respiratórias tais como sinusite, bronquite e pneumonia;
- Diminui o risco de alergias
- Ajuda a tratar colesterol elevado
- Acne;
- Redução de enzimas implicadas na produção do câncer;
- Saúde Cardiovascular;
- Síndrome crônica de fatiga;
- Resfriado;
- Indigestão/Digestão;
- Úlceras;
- Febre reumática.
Lactobacillus bulgaricus: são bactérias gram-positivas, termofílicas e em forma de bastão; heterofermentadora, produzindo ácido lático a partir da lactose. Resiste a elevadas concentrações de ácido lático, podendo produzi-lo até aproximadamente 2%. Tem também longa duração na maturação de queijos duros. Produz acetaldeído que confere sabor típico ao iogurte. É baixa sua resistência ao sal, não crescendo em concentrações superiores a 2%. É destruída no aquecimento a 65°C por 30 minutos. Crescem bem a 45°C, mas não se desenvolve em temperaturas inferiores a 20°C. Uma bactéria transitória, mas muito importante na ecologia humana. Juntamente com o Streptococcus termophilus constituem a cultura para produção de iogurte. Sua administração oral facilita a digestão da lactose, pois aumenta a produção da enzima lactase. Algumas cepas produzem antibióticos naturais, impedindo a proliferação de outras bactérias nocivas. Em síntese, a acidificação do leite, sob a ação das bactérias mencionadas constitui a antecipação de uma etapa digestiva o que torna o iogurte mais tolerável e nutritivo do que o leite natural.
Lactobacillus bifidum (bifidobacterium bifidum) fazem parte da microflora benéfica que produz ácidos para baixar o ph do intestino e retardar a colonização das bactérias indesejáveis.
- Ajudam na função hepática saudável
- Promovem a síntese de vitaminas do complexo B
- Regulam os movimentos peristálticos do intestino
- Ajudam a absorção de minerais, principalmente o cálcio
- Ajudam a liberação de resíduos digestivos.
Lactobacillus casei – são encontrados naturalmente em leites e carnes fermentadas, assim como no intestino humano, boca e no meio ambiente. O nome L. casei foi primeiro usado em 1904, e o nome sugere sua “relação” com queijo: tanto o casei, quanto caseína (a primeira proteína no leite) tem origem da palavra latim caseis, que significa queijo.
O crescimento do L. casei ocorre em 15 mas não em 45ºC, e requer riboflavona, ácido fólico, pantotenato de cálcio, e os fatores de crescimento niacina.
O L. casei é uma espécie notavelmente adaptável, e pode ser isolado dos produtos derivados de leite crus e fermentados, dos produtos frescos e fermentados da planta, e do trato reprodutivo e intestinal dos seres humanos e outros animais. Industrialmente, o L. casei tem aplicação como probiótico humano (promove a cultura viva), como cultura de partida de ácido- produção para fermentação do leite, e especialmente como culturas para intensificação e aceleração do desenvolvimento do sabor em determinadas variedades de queijo.
Lactobacillus Rhamnosus: são bactérias láticas bastante resistentes aos sais biliares, fermentam várias formas de açucares e produzem ácido lático.
- Acidificam e protegem o intestino delgado
- Levam vantagem na competição com bactérias patogênicas
- Atuam no tratamento do excesso de ácido nítrico
- Usados na desintoxicação por metais pesados.
FOS: consiste numa mistura de oligo e polissacarídeos não-digeríveis, no entanto estimula o crescimento de bactérias probióticas. Podendo ser utilizados como excipiente para os lactobacilos.
- Processo digestivo melhorado
- Redução do colesterol
- Aumento da imunidade
- Antagonismo aos patógenos
- Aumento da absorção de minerais.
PREBIÓTICOS
“Ingredientes alimentares não digeríveis que afetam o hospedeiro de forma benéfica por estimular seletivamente o crescimento e/ou atividade de uma ou mais espécies bacterianas colônicas melhorando o equilíbrio da microbiota intestinal” (Teitelbaum JE. Annu. Rev. Nutr. 2002. 22:107–38)
FONTES:
cebola, alho, tomate, banana, cevada, aveia, trigo, espinafre, , mel, cerveja, chicórea (riquissima em inulina – não reconhecida pelas enzimas não é absorvida)
PROPRIEDADES FISIOLÓGICAS
- alteração do metabolismo e secreção dos ácidos biliares
- modificação das concentrações de ácidos graxos de cadeia curta
- diminuição da digestão dos lipídeos resistentes aos processos digestivos humanos
- estimulante do sistema imunológico
- podem ser usadas em alimentos hipocalóricos para diabéticos
- tratamento da hipercolesterolemia
- antiocarcinogênico (cólon)
- ajuda na absorção de cálcio magnésio e zinco
RECEITA DE IOGURTE
Com leite pasteurizado: preferencialmente orgânico
Esta receita de iogurte caseiro não serve para os leites em pó nem para os comprados em caixinhas longa vida – que na verdade nem deveriam ser consumidos por ninguém, seja na forma de “leite” ou qualquer outro derivado. Use leite engarrafado ou em saquinhos.
1 litro de leite pasteurizado
1/2 xícara de iogurte natural já pronto (desses que se compram em supermercado ou do próprio iogurte que você já preparou outras vezes) ou 1 envelope de bactérias em pó, comprado em loja de produtos naturais
Modo de Preparo:Assim como no preparo dos demais iogurtes, aqueça o leite lentamente, preferencialmente em uma panela de aço inoxidável, até atingir a temperatura de 84 graus centígrados. Mantenha a essa temperatura durante 4 minutos.
Deixe esfriar até atingir a temperatura de 46 graus centígrados. Pré-aqueça o forno durante 5 minutos. Retire a panela do fogo e acrescente 1/2 xícara de iogurte, mexendo bem. Se estiver utilizando o pó, misture-o em um pequeno recipiente com um pouco do leite aquecido até formar uma pasta semi-líquida, em seguida retorne esta pasta à panela de leite, mexendo bem (você pode também jogar o pó diretamente no leite e bater o conteúdo da panela com um mixer). Desligue o forno. Tampe a panela e coloque-a no forno desligado. Cubra-a e forre bem, com toalhas grossas. Feche a porta do forno e aguarde 6 a 12 horas, ou uma noite. Retire e leve à geladeira. Consuma em até 15 dias.
Com leite CRU não pasteurizado:
1 litro de leite cru 1/2 xícara de iogurte natural já pronto (desses que se compram em supermercado ou do próprio iogurte que você já preparou outras vezes) ou 1 envelope de bactérias em pó, comprado em loja de produtos naturais Modo de Preparo: Aqueça o leite lentamente, preferencialmente em uma panela de aço inoxidável, até atingir a temperatura de 46 graus centígrados. Enquanto isso, pré-aqueça o seu forno. Retire a panela do fogo e acrescente 1/2 xícara de iogurte, mexendo bem. Se estiver utilizando o pó, misture-o em um pequeno recipiente com um pouco do leite aquecido até formar uma pasta semi-líquida; em seguida, retorne esta pasta à panela de leite, mexendo bem. Desligue o forno. Tampe a panela e coloque-a no forno desligado. Cubra-a e forre bem, com toalhas grossas. Feche a porta do forno e aguarde 8 horas, ou uma noite. Retire e leve à geladeira. Consuma em até 15 dias.
Colaboração:
NTR – Funcionais, Fitoquímicos, Suplementação e Técnica Dietética
Martinez, Vivian da Conceição (Bióloga) – Ideal Farma
http://pat.feldman.com.br/?p=49&cpage=1
http://www.nutritotal.com.br/perguntas/?acao=bu&categoria=27&id=452